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BEJA

Beja acolhe, a 23 de Novembro, o concerto de encerramento do Festival Terras sem Sombra em 2024, com o famoso ensemble italiano Camerata Ducale, sob a direcção do maestro e violinista Guido Rimonda: «Em Busca da Perfeição: Obras-Primas de Vivaldi, Tartini, Viotti e Paganini»


Acção de Património, a 23 de Novembro, dedicada a um monumento da doçaria conventual da cidade: «Descobrir um Segredo Bem Guardado: O “Porquinho Doce” de Beja»


Actividade de Salvaguarda da Biodiversidade, a 24 de Novembro, propõe o conhecimento privilegiado de um «Tesouro na Cidade: O Museu Botânico de Beja»

CONCERTO

EM BUSCA DA PERFEIÇÃO:
OBRAS-PRIMAS DE VIVALDI, TARTINI, VIOTTI E PAGANINI

Guido Rimonda.jpg

CAMERATA DUCALE

GUIDO RIMONDA Violino e direcção musical
FRANCESCA RIPOLDI Violino
GIUSEPPE LOCATTO Violino
DANIELE VALABREGA Viola de arco
ARIANNA DI MARTINO Violoncelo
EDOARDO DOLCI Contrabaixo

No ano em que dedica a sua temporada musical ao tema «“Liberdade, Quem a Tem Chama-lhe Sua”: Autonomia, Independência e Liberdade na Música (séculos XII/XXI)», o Festival Terras sem Sombra (TSS) apresenta, a 23 de Novembro, em Beja, o concerto de encerramento desta 20.ª edição, que evoca amplos horizontes criativos, tirando notável partido das ilimitadas possibilidades expressivas dos instrumentos de corda para o repertório do Barroco italiano. Obras-primas de Vivaldi, Tartini, Viotti e Paganini dão o mote a um momento dedicado à «Grande Música», corolário de um ano que tem a Itália, essa extraordinária «Pátria Lírica», como País Convidado do festival. O programa é completado com o desvendar dos segredos do «Porquinho Doce», referência da doçaria conventual bejense, com o convite aos participantes na actividade a confeccionarem o pitéu. A acção de salvaguarda da biodiversidade é endereçada a um pólo de cultura científica, o Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja. O ciclo de actividades neste concelho realiza-se em parceria com o Município de Beja, o Instituto Italiano de Cultura, de Lisboa, e o Comitato Nazionale Italiano di Musica, de Roma. O Festival conta com o apoio mecenático da Fundação ”La Caixa”.


Na noite de 23 de Novembro (21h30), sábado, a viagem musical propõe um percurso de três séculos (XVII-XIX), ao encontro de nomes maiores da criação artística: Antonio Vivaldi, Giuseppe Tartini, Giovanni Battista Viotti e NiccoloÌ€ Paganini. Um caminho pela história da música italiana, trilhado no Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, num concerto em que actua o magnífico ensemble italiano Camerata Ducale, sob a direcção musical do talentoso maestro e violinista solista Guido Rimonda​, figura de proa da música europeia dos nossos dias.


«Em Busca da Perfeição: Obras-Primas de Vivaldi, Tartini, Viotti e Paganini» leva a palco um agrupamento, fundado em 1992, que tem a particularidade de ser a primeira formação musical especialmente dedicada à obra de Giovanni Battista Viotti e se encontra sediada no Teatro Cívico de Vercelli, jóia da arquitectura e da acústica. A Camerata Ducale é, desde 1996, a orquestra residente do Viotti Festival, que constitui a temporada de concertos de Vercelli, muito aclamada pelo público – que aflui em massa, para a escutar, por ocasião do calendário próprio, nesta cidade do Piemonte – e pela crítica. Presença assídua nas mais prestigiadas temporadas de concertos, o ensemble já realizou inúmeras digressões internacionais, com destaque para os seus concertos em França, Japão, Suécia, Guatemala, Estados Unidos, Bahrein, Geórgia e África do Sul. Da ampla discografia editada, sobressaem Libertango in Tokyo, com Richard Galliano, e o Projecto Viotti, ambiciosa iniciativa discográfica formada por 15 CD’s, que tem vindo a gravar, para a Decca Universal, com Guido Rimonda. 


O maestro Rimonda estreou-se aos 13 anos, na série televisiva da RAI Per Antonio Vivaldi, onde interpretou o jovem Vivaldi. Durante os estudos no Conservatório de Turim, ficou fascinado pela figura de Giovanni Battista Viotti e, após a especialização na classe de Corrado Romano, em Genebra, dedicou-se à divulgação e valorização das obras deste célebre compositor piemontês. Em 1992, fundou a Camerata Ducale, e seis anos depois, em 1998, criou o Viotti Festival, do qual é director musical. Em 2022, foi nomeado Presidente da Fundação Viotti. É presença assídua em importantes salas de concerto em Itália e no estrangeiro e conta com mais de mil concertos como violinista solista e maestro. Em 2010, foi-lhe atribuído o título de Cavaleiro da República Italiana por mérito artístico.

CONCERTO IX

Antonio Vivaldi [1678-1741]

Concerto per la Solennità della S. Lingua di S. Antonio in Padua, RV 212 (1)

I. Allegro

II. Grave

III. Allegro
 

 

Giuseppe Tartini [1692-1770]
Sonata per violino in sol minore «Trillo del Diavolo» (2)
I. Larghetto affettuoso

II. Allegro moderato
III. Andante
IV. Allegro Assai
V. Andante
VI. Allegro assai
VII. Andante
VIII. Allegro assai
IX. Allegro

​

Giovanni Battista Viotti [1755-1824]
Meditazione in preghiera
Tema e Variazioni (1781) (3)

​

Niccolò Paganini [1782-1840]
Tema e variazioni «La Grand Duchessa di Parma»â€¨

I. Adagio cantabile. Maestoso recitato

II. Tema e variazioni
 

 (1) Com as cadências originais
(2) Versão revista por Riccardo Zandonai [1883-1944]
(3) Versão original para arcos.

PATRIMÓNIO

DESVENDAR UM DOCE SEGREDO DA TRADIÇÃO CONVENTUAL: O «PORQUINHO DOCE» DE BEJA

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A tarde de sábado, 23 de Novembro (15h00), convida a uma visita revestida de doçura, sabores e saberes tradicionais. Sob o tema «Descobrir um Segredo Bem Guardado: O “Porquinho Doce” de Beja», a actividade, com ponto de encontro no Museu Rainha D. Leonor, convida à descoberta de um doce de amêndoa, preparado em forma de porco, deitado de lado sobre um guardanapo de papel rendado. Não raro, o «Porquinho Doce» também figura na forma de uma porca a amamentar os leitões. A acção, guiada por​ António Leandro (presidente da Cooperativa Luiz da Rocha – Os Trabalhadores Unidos) e por ​José António Falcão (historiador de Arte, especializado no estudo da Beja da época barroca)​, percorre os meandros da história deste doce alentejano, fabricado com massapão corado de castanho, chocolate, e recheado com doce de ovos, doce de gila e fios de ovos. Acrescentam-se duas contas de vidro no local dos olhos e pode enfeitar-se, no dorso, com folhas de azinheira feitas de chocolate e com frases alusivas ao que se deseja festejar. 
 

Acresce o inventário de Produtos Tradicionais Portugueses que, «sendo o porco o animal que entra primordialmente na alimentação das populações alentejanas e sendo a época do Natal, por excelência, a das matanças, começou há muitos anos a ser fabricado numa pastelaria de Beja um doce de Natal com a forma de um porco.» Rematando, a propósito de uma desaparecida casa religiosa de Évora: «Este doce foi também descrito como um “mimo” do Convento do Paraíso».
 

No decorrer da actividade, os participantes têm a oportunidade de lançar mãos à confecção desta obra-prima da doçaria regional.

BIODIVERSIDADE
​
TESOUROS DO MUNDO VEGETAL  REPRESENTADOS NO MUSEU BOTÂNICO DE BEJA
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Centro de cultura científica, vocacionado para a apresentação de exposições temporárias que ilustram a relação milenar estabelecida entre o Homem e as Plantas, o Museu Botânico de Beja ocupa a acção programada para a manhã de domingo, dia 24 (9h30). Uma visita com ponto de encontro no Campus do Instituto Politécnico de Beja (Edifício da Escola Superior Agrária) e que convida a percorrer um pólo de conhecimento vocacionado para o estudo de artefactos manufacturados a partir de plantas, matérias-primas vegetais e objectos naturais. Sob o tema «Tesouro na Cidade: O Museu Botânico de Beja», a ​actividade é guiada por Luís Mendonça de Carvalho (director do Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja e professor titular da Cátedra UNESCO em Etnobotânica)​​.


Recorde-se que esta infra-estrutura foi inaugurada em 2002, embora a história das suas colecções remonte à década de 1990, quando se começou a reunir um conjunto de objectos naturais, matérias-primas de origem vegetal e artefactos (mormente no âmbito da Etnobotânica), como forma de ilustrar as aulas. Sublinhe-se que as exposições desenvolvidas no museu aportam sempre uma matriz etnobotânica, ou seja, procuram apresentar o resultado da interacção cultural entre os humanos e as plantas em diferentes contextos culturais e geográficos. No acervo da instituição encontramos objectos singulares e substâncias essenciais à fabricação de produtos, entre outros, uma camisa tecida com fibras das folhas do ananaseiro, incenso verde de Omã, bálsamo de Gileade, caixas de âmbar e colares de azeviche. Desde a sua criação até ao presente, este núcleo museológico já organizou mais de 50 exposições temporárias, entre elas, «Uma História Botânica do RMS Titanic», «Agatha Christie e as Plantas», «O Triângulo Perfeito (Plantas-Humanos-Insectos)» e «Ana da Bretanha e o Alentejo», e é um marco no sector.

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PARCEIROS

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